The Wonders of My Universe

Abril 10 2009

Sozinho no centro do mundo
Penso em tudo o que vivi
Encosto a cabeça no fundo
E espero por ti
Mas tu não apareces
E o sangue verte por entre cristais e mágoas
Por entre litros de água que o corpo expele
Num rio sem fim
E o teu sorriso permanece em cada fragmento de mim
Eis quando te vejo
E sinto o teu perfume
Calor de um lume
Aceso como um desejo
Um princípio, um meio e um fim
Um redemoinho de pensamentos e intenções
Tocar-te…sentir-te…abraçar-te…e unir-me a ti
Juntos somos uma unidade
E nunca estaremos sós
Não te deixo ausentar
Puxo-te para mim
Beijo-te como nunca ninguém beijou
E sinto o teu coração pulsar
Cada vez mais rápido, cada vez mais intenso
E um cheiro a incenso perfuma-nos o olfacto
Juntos somos uma unidade
E nunca estaremos sós
Pois nunca te irei deixar partir…

publicado por Wonder Shadow às 02:29

Abril 06 2009

 

Após a consulta diária a blogs amigos, conhecidos e parcialmente vistos, venho por este meio falar sobre nada em concreto. Para já apetece-me escrever mas sem um assunto em especial. Lembro-me do que já postei anteriormente, e lembro-me nesta altura de um post sobre “nada”. Mas esse era um “nada” que tinha algo de concreto, uma mensagem subliminar, um estado de espírito. Agora é um “nada” nada. Sugeriram-me escrever sobre “amor”, mas o que é o “amor”? E será que é um sentimento digno de ser desejado? Será um sentimento que trará felicidade no seu todo ou pelo menos na sua maioria?
 Lembro-me de citações de autores diversos, nomeadamente:
 
- “Se julgarmos o amor pela maior parte dos seus efeitos, ele assemelha-se mais ao ódio do que à amizade” (La Rochefoucauld);
- “Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa” (Fernando Pessoa);
- "... o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura ..." (Ornatos Violeta e VÍtor Espadinha – Ouvi Dizer).
 
 
Não enceno aqui o papel de sofredor de amor, embora já o tenha sido e provavelmente o voltarei a ser, mas tento ver o motivo disso. Será que aprendemos com desgostos passados? Provavelmente não. Na altura achamos que uma determinada situação não se iria repetir mas vivendo-a com outra pessoa é provável que aconteça.
 
Esta busca incessante pelo “algo” que nos preenche o “vazio” terá um fim? E se tiver quais os motivos? A desistência ou o alcançar? O aceitar ou a esperança?
 
Subo diariamente um andar do edifício da Vida, e em cada andar vejo, sinto e penso nos habitantes que lá habitam. Será que num deles, junto ao átrio, se encontra esse alguém que me fará companhia na ténue e íngreme subida que resta?
 
Neste momento desisti, por assim dizer, de encontrar outra companhia que não a dos que me acompanham já desde alguns degraus. Percorro-os um por um e olho para a paisagem de cada um, para a sua arquitectura, para as suas cores, para as suas formas e reacções. Incessantemente subo um por um, dia e noite. Quem de novo irei encontrar no andar superior é uma incógnita mas já decidi não ir à procura do Sol porque o mais provável é sair encharcado…
 
No entanto, tão provável é encontrar alguém quando não procuro como começar em nada e acabar em amor…
publicado por Wonder Shadow às 16:16

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