The Wonders of My Universe

Abril 06 2009

 

Após a consulta diária a blogs amigos, conhecidos e parcialmente vistos, venho por este meio falar sobre nada em concreto. Para já apetece-me escrever mas sem um assunto em especial. Lembro-me do que já postei anteriormente, e lembro-me nesta altura de um post sobre “nada”. Mas esse era um “nada” que tinha algo de concreto, uma mensagem subliminar, um estado de espírito. Agora é um “nada” nada. Sugeriram-me escrever sobre “amor”, mas o que é o “amor”? E será que é um sentimento digno de ser desejado? Será um sentimento que trará felicidade no seu todo ou pelo menos na sua maioria?
 Lembro-me de citações de autores diversos, nomeadamente:
 
- “Se julgarmos o amor pela maior parte dos seus efeitos, ele assemelha-se mais ao ódio do que à amizade” (La Rochefoucauld);
- “Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa” (Fernando Pessoa);
- "... o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura ..." (Ornatos Violeta e VÍtor Espadinha – Ouvi Dizer).
 
 
Não enceno aqui o papel de sofredor de amor, embora já o tenha sido e provavelmente o voltarei a ser, mas tento ver o motivo disso. Será que aprendemos com desgostos passados? Provavelmente não. Na altura achamos que uma determinada situação não se iria repetir mas vivendo-a com outra pessoa é provável que aconteça.
 
Esta busca incessante pelo “algo” que nos preenche o “vazio” terá um fim? E se tiver quais os motivos? A desistência ou o alcançar? O aceitar ou a esperança?
 
Subo diariamente um andar do edifício da Vida, e em cada andar vejo, sinto e penso nos habitantes que lá habitam. Será que num deles, junto ao átrio, se encontra esse alguém que me fará companhia na ténue e íngreme subida que resta?
 
Neste momento desisti, por assim dizer, de encontrar outra companhia que não a dos que me acompanham já desde alguns degraus. Percorro-os um por um e olho para a paisagem de cada um, para a sua arquitectura, para as suas cores, para as suas formas e reacções. Incessantemente subo um por um, dia e noite. Quem de novo irei encontrar no andar superior é uma incógnita mas já decidi não ir à procura do Sol porque o mais provável é sair encharcado…
 
No entanto, tão provável é encontrar alguém quando não procuro como começar em nada e acabar em amor…
publicado por Wonder Shadow às 16:16

Março 12 2009

Ora portanto, inicio o meu segundo dia de posts para falar sobre nada. E que é isso do nada?

 

A história inicia-se hoje de manhã, na viagem de metro casa - trabalho e consiste numa conversa entre duas raparigas ( A e B) do secundário que falam sobre uma terceira (X) que não está presente:

 

"A: Não percebo como é que a X tem tempo para fazer os trabalhos todos, para ir ao ginásio, para estudar linguas para sair e ainda para estudar. Eu não consigo ter tempo para fazer isso tudo como ela.

 

B: Pois é natural, mas se tivesses menos tempo a fazer nada talvez tivesses mais tempo para fazer outras coisas.

 

A: Mas eu gosto tanto do tempo que tenho para fazer nada"

 

O que me fez pensar que embora goste de fazer coisas e de não estar sempre parado às vezes também sabe bem fazer nada e gastar algum tempo nisso. Às vezes sabe bem estar em casa, num canto da cama deitado sem ter pensamentos, sem ter sentimentos, sem ter ideias, sem ter o que quer que seja a não ser nada. Desligar-se de tudo o que se passa no exterior do nosso ser e concentrar-se em absolutamente nada.

 

Nunca vos aconteceu isto? Nunca apreciaram ocupar algum tempo disponivel dessa forma? É certo que algumas pessoas não o conseguem porque são demasiado activas ou então aguentam um tempo mínimo a fazer nada (31 segundos) e depois começam a fazer alguma coisa (a pessoa em causa sabe quem é).

 

Mas pronto, até pode ser uma temática interessante falar de nada em futuros posts. Às vezes descobre-se e aprende-se mais a falar de nada do que a falar de tudo.

 

 

 

publicado por Wonder Shadow às 15:44
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