The Wonders of My Universe

Junho 25 2009

Como prometido, vou fazer uma ("breve") descrição de como correu a minha primeira hospedagem a elementos do CouchSurfing (CS).

 

Ao final da tarde da passada quinta-feira (18 de Junho), como combinado previamente, fui a Campanhã buscar os meus guests. Desde logo houve empatia embora naturalmente que no inicio, pelo menos da minha parte devido à inexperiência de alojar desconhecidos, tenha havido também um certo cuidado. Mas tanto o Fabricio (brasileiro) como a Kásia (polaca) tenham mostrado logo que iria ser uma experiência engraçada e que eram bastante simpáticos e comunicativos.

 

Nesse dia de manhã utilizei o site do CS para marcar um jantar entre os membros, numa especie de recepção aos meus convidados. Apesar de poucos me conhecerem e de ter sido marcado no próprio dia, houve a prova de que o espirito CS é grande uma vez que apareceram cerca de 15 pessoas.

 

Depois de os ter levado a casa para se instalarem e tomarem um banho, partimos para a Cordoaria, uma vez que o jantar tinha sido marcado nessa zona. O jantar foi animado, deu para conhecer "novos" elementos que anteriormente não conhecia bem como começar a conhecer os hóspedes que nos próximos dias iriam partilhar casa comigo. É engraçado que apesar do jantar ter sido com elementos do CS, pouco se fala de experiências desse nivel nos jantares que se organizam. Fala-se da vida, de viagens e de qualquer outro assunto que um grupo de amigos que se conheça à bastante tempo fala. O jantar correu bem, mas como no dia seguinte o Fabricio tinha o inicio da conferência (motivo pelo qual estava no Porto) pelas 23h00 regressamos a casa, até porque ele ainda tinha que ultimar os preparativos da sua apresentação. Chegados a casa perguntou-me se era possível utilizar o computador durante a noite para organizar a preparação. Embora ainda estivesse um bocado de pé atrás (confesso), permiti naturalmente que o fizesse e andasse à vontade durante a noite entre o quarto e o escritório onde está o computador. Sem qualquer problema de registo.

 

No dia seguinte (sexta-feira, 20 Junho) às 8h00 partiam ambos para a conferência. Só os tornei a ver ao inicio da noite. Noite essa que foi passada em minha casa a beber um vinho do Porto, com a presença de um amigo meu também, e a falarmos de tudo e mais alguma coisa.

 

Surge-me agora o momento de apresentar um pouco os meus convidados. O Fabricio é natural de S. Paulo, tem 26 anos, é licenciado em Direito e em Relações Internacionais (no Brasil) e está de momento em espanha a tirar um mestrado. A Kásia tem 23 anos, vive perto de Cracóvia e é licenciada e tem um mestrado na área de Biologia. Após esta introdução é fácil de reparar que tanto um como o outro são educados, cultos e com facilidade de comunicação, o que torna tudo muito mais fácil. A estadia deles em minha casa estava prevista terminar no dia seguinte, uma vez que tinha ficado combinado alojar-lhes duas noites. Mas após os ter conhecido melhor e ter visto que era boas pessoas (e acreditem testei de várias formas) alargamos a estadia até domingo.

 

Na manhã seguinte foram para o resto da conferência e encontramo-nos em minha casa pelas 14h00. De lá partimos para a ribeira para almoçar uma francesinha e mostrar-lhes a zona. A Kásia já tinha explorado bastante da cidade durante o periodo da conferência, mas o Fabricio ainda não tinha visto (quase) nada. Depois do almoço e devido ao tempo quente que se sentia, resolvemos ir para as praias de V.N.de Gaia. Convém referir que, embora isso não seja muita surpresa, o contacto da Kásia com praias seja diminuto e por isso a vontade em ir a uma, o contacto do Fabricio (brasileiro de gema) também é diminuto. Como nota de curiosidade, da cidade dele até às praias brasileiras são mais de 600 kms, o que faz com que ele também poucas vezes tenha ido à praia (pelo menos brasileiras).

 

A tarde como se esperava correu bem, o calor era muito e a temperatura da água do mar, embora fria ao inicio, tornava-se bastante aceitável com o hábito.

 

À noite, fez-se novo jantar em minha casa onde se ficou à conversa até depois das 3h00.

 

No dia seguinte partiriam às 10h00 em direcção a Campanhã onde iriam apanhar o comboio em direcção à Régua (para a visitarem durante o dia) e posteriormente a Vila Real onde passariam a noite na casa de outro membro do CS. Na despedida tiveram a bondade de dizer que a estadia comigo tinha sido das melhores experiencias de CS que tiveram, o que obviamente (seja verdade ou não) me deixou contente.

 

 

Posto isto, fiquei fã de alojar e com curiosidade em ser alojado, experiência essa que tenho muita vontade em iniciar este verão. A ver vamos...

 

 

publicado por Wonder Shadow às 10:51

Abril 11 2009

"De todos os animais da criação, o Homem é o único que bebe sem ter sede, come sem ter fome e fala sem ter nada que dizer" (John Steinbeck)

publicado por Wonder Shadow às 15:31

Abril 10 2009

Lá alto, no cimo, está o querer e a vontade

Estica a mão, eu sei que chegas onde quiseres

Interage com a tua personalidade

Que se formou pelo que o teu corpo percorreu

Pelo que viveu e presenciou

De onde veio e pelo que passou

Estica-te pois mais, a meta está ao teu alcance

À distância de um simples palmo

Respira fundo e mantém-te calmo

Cá em baixo estás tu e essa tua saudade

E é lá no cimo que está o querer e a vontade

publicado por Wonder Shadow às 19:56

Abril 08 2009

Aproveitando uma ideia da minha Amiga Manu, no qual num Post anterior me desafiou e à minha Amiga 100JEITO a iniciarmos uma onda de debates, decidimos criar um Blog para nele debatermos um pouco de tudo.

 

Peço-vos também ajuda neste sentido. Que para além da vossa presença assídua, nos ajudem na escolha de temas que achem ser relevantes para serem discutidos. Convido-vos  também a participarem nos debates e a partilharem connosco a vossa opinião, seja ela qual for.

 

Vai daí, sejam bem-vindos a esta forma de debate ;)

 

 

 

 

 

publicado por Wonder Shadow às 23:20

Abril 07 2009

Hoje ao ler o JN deparo-me com uma notícia que me deixou surpreendido pela sinceridade (ou estupidez) dos seus intervenientes. A notícia pode ser lida aqui.

 

Compreendo que possa ser estratégia de vida, para alguns, o furto. Agora ir a um programa de TV de grande audiência, tanto nos EUA como à escala mundial, confessarem-me dessa forma faz-me perguntar (tal como o fiz sobre o Sr. Morais) que raio passará pela cabeça desta gente?

 

É certo que em tantos milhões de americanos grande parte deles não tem um raciocinio por aí além, mas se a intenção era confessarem a sua estratégia de vida não seria mais discreto irem à esquadra mais próxima e fazerem-no lá? Ou será que gostam assim tanto de protagonismo?

 


Abril 02 2009

 

 

Para descomprimir;)

 

 

publicado por Wonder Shadow às 10:35

Abril 01 2009

Ora aproveitando o facto de hoje não ser dia das mentiras, vou descrever algumas verdades da minha não tão breve história.

 

Assim sendo, e começando pelo principio, decorria o ano de 1712 quando a minha progenitora me apresentou à vida.

 

Nesse tempo, e para os que não se recordam, partiria para Roma, 5 dias volvidos, o embaixador extraordinário D.Rodrigo de Sá Almeida e Menezes (Marquês de Fontes), mais tarde denominado por Marquês de Abrantes.

 

Passou dias, meses e anos até à minha chegada à maioridade. Lembro-me perfeitamente do ano de 1730. Ano esse em que Portugal restabeleceu as relações diplomáticas com a França e em que os Holandeses abandonaram Moçambique.

 

Lembro-me da festa no palacete do Grão Duque de Angeiras, meu estimado tio, que me deixou pela primeira vez entregar-me de corpo e alma a uma jovem franzina mas arrebitada. Não mais me esqucerei desse momento, que mudou a minha vida e a minha forma de pensar e encarar cada situação futura.

 

Os anos foram passando rapidamente...em 1742 lembro-me de presenciar a primeira máquina a vapor a funcionar no Reino de Portugal...Um acontecimento na altura! Hoje vocês jovens não dão valor aos transportes que tendes, mas nessa altura só uns privilegiados é que tinham a oportunidade de se deslocar em tais máquinas. Eu não fui um deles...

 

Em 1802, na altura com uns (modestos) 90 anos, fiz a minha primeira deslocação para o exterior do Reino. Lembro-me do Passaporte usado na altura. Com a descrição da minha estrutura física (olhos, altura, côr do cabelo, aspecto da cara...), a assinatura e permissão do governo, bem como o motivo da viagem. Não como os actuais que basta uma fotografia e espaço em branco para o carimbo e os vistos.

 

Corria o ano de 1807 quando cheguei à  Australia, pertença do Reino de Inglaterra e governada pelo Capitão William Bligh. Na altura o entusiasmo era geral, devido à descoberta do Rio Clyde pelo Tenente Thomas Laycock. Meses mais tarde o inglês Robert Davidson abria a primeira lavandaria em Sydney. Confraternizei muito com o Robert, foi uma boa companhia nas noites de boémia.

 

Em 1872 decido rumar para novos destinos e chego a França. Tempos conturbados, sendo que foi nesse ano que Louis Ducos du Hauron criou a primeira fotografia a cores. Apesar disso só visualizei uma em 1913, ano em que habitava no Canadá, a tempo de presenciar a terceira vitória electoral consecutiva por maioria de Arthur Sifton. No final do ano a construção da estação de comboios transcontinental completava-se e pude experimenta-la em maio de 1914, na altura com 202 anos.

 

Voltei para Portugal duas décadas depois...em plena época salazarista e já com rumores da possibilidade de existência de uma nova Grande Guerra. Tinha-me livrado de participar na primeira por favor de um tenente coronel doutor, que me tinha dispensado por um certo reumatismo que começava a apoderar-se de mim.

Este Portugal que encontrei não era de forma alguma o que tinha deixado 133 anos antes. A modernidade tinha chegado, embora de forma silenciosa e discreta devido às politicas existentes. O medo mantinha-se de se expressarem, mais ainda que em alturas monárquicas. Mas aproveito para vos informar que não era pelas PIDEs ou por António Salazar. O motivo era outro, e nunca foi revelado. Mas digo-o eu agora, em paz de alma com os meus 297 anos de idade. O medo de falar deveu-se a um rumor que surgiu em 1928, ano esse em que Portugal foi visitado por 5 hindus que ameaçaram mil desgraças àqueles que mal falassem e mal pensassem da realidade do seu país bem como do abuso da sua liberdade, liberdade essa que era imaginária em todas as nações não só na nossa.

 

A meu ver Salazar foi um pobre coitado que serviu de bode expiatório para manter em sigilo a ameaça hindu, segundo conversas da altura não sabia ler nem escrever e tudo o que dizia era selvaticamente decorado momentos antes, após horas e horas de treino por profissionais da altura.

 

A notícia que as ameaças hindus eram falsas surgiu nos finais de Março de 1974, ao terem sido descobertas por sociologos Japoneses. Teve-se então menos de um mês para preparar uma encenação digna de um filme. Chamaram-lhe a revolução dos cravos...não foi mais que um ajuntamento de três dezenas de pessoas a fingirem que estavam a fazer uma "revolução". Lembro-me de estar numa esplanada junto ao Terreiro do Paço, no convivio com amigos, a rir-me que nem um perdido com a palhaçada que se via...     
 

Os anos que se seguiram até à data de hoje são os conhecidos por vós jovens. A tecnologia invadiu o planeta e o monopólio continua a ser um jogo conhecido.

 

Atentamente,

 

El-Duque Wonder Shadow

 

publicado por Wonder Shadow às 16:26

Março 27 2009

Estava eu a passear pelos olhos na actualidade dos media nacionais e deparei-me com uma notícia que achei interessante e que pode ser lida aqui.

 

Vou aproveitar para citar alguns excertos que achei fantásticos:

 

"O autarca admitiu em tribunal que não declarou a totalidade de uma casa em Miraflores e de duas garagens, na década de 90, mas classificou o acto de "normalíssimo".";
 

"Assumiu ainda que não declarou excedentes de algumas vendas, "à semelhança de todos os cidadãos".";

 

"...e referiu que tem ainda cerca de 400 mil euros que dizem respeito a "sobras de campanhas eleitorais".

"Até 2005, a lei não impedia a utilização de excedentes das campanhas", justificou. Questionado pela juíza Paula Albuquerque quanto ao destino que tem dado a essas quantias, o arguido afirmou que vai "utilizando", não negando que parte do dinheiro tem sido destinado a "bens pessoais". Isaltino sustentou ainda a existência de elevadas movimentações em numerário com o facto de guardar muito dinheiro em casa – que já ascendeu a 90 mil contos [500 mil euros] – por lhe ser entregue "a título pessoal" e porque, adiantou, "raramente" utiliza cartão de crédito. ".

 

Ora isto realmente mostra o quão normal são certas coisas na sociedade em que vivemos e que nos passam completamente despercebidas, não porque não as sabemos mas porque não as fazemos.

 

Um cidadão que desempenha a função de Presidente de uma Câmara Municipal (Oeiras) e que diz frontalmente que é normalissimo não declarar a fuga aos impostos e que ficou com cerca de 400 mil euros para uso pessoal por "sobras de campanhas eleitorais", mostra frontalmente o que se passa nos altos cargos da nossa política (e falo da nossa porque este é um caso português).

 

E apreciei também o facto de guardar muito dinheiro em casa (já chegou a 500 mil euros) por raramente usar o cartão de crédito...

 

Em que estará uma pessoa a pensar quando faz e, posteriormente, diz isto como se não fosse algo com a mínima importância? Fica a questão...

 

 

 

 

 

publicado por Wonder Shadow às 10:46

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