The Wonders of My Universe

Abril 27 2009

Hoje resolvi mudar a rotina. Em vez de andar a pé para os destinos do dia resolvi mudar o meio. Ao invés da porta usei a janela. Ao invés da rua usei o ar. E segui...por entre os trilhos do vento, vendo tudo do alto. Vi as pessoas a deslocarem-se, os carros parados num transito infernal. Vi as nuvens, vi a chuva, vi o sol...e senti-os. Como só sente quem voa, como só sente quem se ergue para o alto.

 

Acenei a pássaros em vez de a pessoas, desviei-me de gaivotas em vez de carros, e segui, alterando o trajecto. Fui pela praia, fui pela areia. Mas ao cimo. À distância de 3000 pés. E vi-te, por entre inúmeras coisas. Deslocavas-te devagar, sobre a areia e em direcção ao mar. E as ondas...de um azul lindo e irresistivel. Desci a altitude, queria sentir a brisa maritima. Percorri a costa de uma ponta à outra. Sempre à procura de algo, sempre à procura de alguém.

 

Mudo de ares, parto em direcção ao cume de uma montanha e em bicos de pés olho para baixo, até onde a vista me permite. Eis que vejo a manta de neve a cobrir toda a montanha...um branco lindo e irresistivel. E vi-te, por entre inúmeras coisas. Deslocavas-te num só sopro, sobre a neve e em direcção ao topo.

 

E passou-se o dia, com uma celeridade imensa. Entre neve e areia densa. E aterro...percorro os caminhos que vi do alto, percebendo-os melhor. Chego à minha rua, procuro a minha porta, abro-a e...

publicado por Wonder Shadow às 20:04

Abril 21 2009

Eis pois hoje que me encontro lúcido e e concentrado a olhar para além da linha do horizonte que vislumbro além mar. Pego num livro que se encontra no degrau junto a mim e folheio-o. Páro na segunda página e vejo lá o prelúdio de uma história. Saboreio cada palavra de cada frase. Formo imagens na minha mente para ilustrarem o que está descrito...continuo...até à última linha, até à última palavra, até à última letra da introdução.

 

Além mar vislumbro um vulto de algo ou alguém, a mexer-se lentamente. Fixo-o uns momentos e desloco novamente as minhas mãos para o livro. Não o largo mais. Leio-o com a intensidade do Sol a queimar a pele no pico do Verão. Leio-o com rapidez, antes que a noite chegue. Histórias difusas e personagens estranhos no inicio, mas que no final farão parte de mim.

 

Um crime aconteceu, num momento exiguo e num local afastado. Peças que se vão encaixado e intuições que são lançadas. Consulto o som do mar também, a ver se me sugere uma resposta. Chega-me o som das ondas a rasparem as rochas e a atingirem a areia. Chega-me o som das gaivotas a marcar presença junto ao areal.

 

Quem roubou quem? Quem se apaixonou por quem? São perguntas que vão surgindo. São mistérios que se vão desvendando, à medida que viro as folhas. Rumo ao fim...

 

E o mar começa a receber o Sol, em forma de círculo laranja a escurecer. Pouso o livro e aprecio a imagem e os sons que a circundam. Parece um momento de pausa, mas em que nada está parado.

 

Eis que as luzes dos candeeiros se começam a acender. O cheiro a grelhado começa a aparecer. E tu livro, que tantos mistérios ainda me hás de dar, ficas a apreciar comigo o ambiente como um fiel amigo. Para todo o sempre...

 

 

publicado por Wonder Shadow às 21:20

Abril 15 2009

Após alguns dias de interregno, devido à Páscoa e a trabalho, volto ao blog para falar sobre...qualquer coisa.

 

Bem, honestamente ando sem grandes ideias...não queria falar de futebol, nem da Manuela Ferreira Leite...

 

Podia falar das planícies, da chuva, da hegemonia entre os animais, do sentimento de partilha, da sociedade em geral...mas porquê?

 

Encontro-me algo desmotivado, não sei se devido ao tempo se devido à vida...Bem sei que há mil águas em Abril mas e porque não Sol também?

 

Quanto à vida...o trabalho parece estagnado e o que sobra para além disso parece que se dissipa rapidamente, sem ser verdadeiramente aproveitado. Às vezes gostava de quebrar a rotina diária, pegar nas malas e partir para um sitio distante. Viver novas coisas, conhecer novas culturas. Já viajei por vários países, e perguntava-me sempre como seria viver ali? Não sei se esteja destinado a partir, mas ao menos entretenho-me a sonhar.

 

 

O pensamento de que não aproveito a vida como devia, incide constantemente sobre mim. Será comum?  Quantas vezes por estupidez ou "timidez" momentanea não disse o sim ao invés do não? E quantas oportunidades de novos desafios perdi por esse motivo?

 

Bem, ainda vou a tempo de quebrar com a rotina...há mais mar para além do que o que eu avisto...

 

 

publicado por Wonder Shadow às 11:12

Abril 10 2009

Lá alto, no cimo, está o querer e a vontade

Estica a mão, eu sei que chegas onde quiseres

Interage com a tua personalidade

Que se formou pelo que o teu corpo percorreu

Pelo que viveu e presenciou

De onde veio e pelo que passou

Estica-te pois mais, a meta está ao teu alcance

À distância de um simples palmo

Respira fundo e mantém-te calmo

Cá em baixo estás tu e essa tua saudade

E é lá no cimo que está o querer e a vontade

publicado por Wonder Shadow às 19:56

Abril 10 2009

Quão belo consegue o Mundo ser

Se todos que nele habitam se unirem

De forma à nuvem negra, sobre ele, desaparecer

E o verde volte a resplandecer

A água, límpida e sem perigos, torna a sorrir

Convidando jovens e adultos a nela mergulhar

Não mais desigualdades continuam a subsistir

E o Sol, fogosa estrela, permanece no alto a brilhar

 

Quão difícil é imaginar tal cenário

E quão impossível parece torná-lo real

Quão atadas estão as nossas mãos para que nada façamos

E deixemos tocar no fundo o que a Natureza nos ofereceu

O que tenho, também desejo que seja teu

E juntos sei que não estamos sós

Pois se a imaginação não tem limites

Na vida, os limites criamo-los nós...

publicado por Wonder Shadow às 19:31

Abril 10 2009

Sozinho no centro do mundo
Penso em tudo o que vivi
Encosto a cabeça no fundo
E espero por ti
Mas tu não apareces
E o sangue verte por entre cristais e mágoas
Por entre litros de água que o corpo expele
Num rio sem fim
E o teu sorriso permanece em cada fragmento de mim
Eis quando te vejo
E sinto o teu perfume
Calor de um lume
Aceso como um desejo
Um princípio, um meio e um fim
Um redemoinho de pensamentos e intenções
Tocar-te…sentir-te…abraçar-te…e unir-me a ti
Juntos somos uma unidade
E nunca estaremos sós
Não te deixo ausentar
Puxo-te para mim
Beijo-te como nunca ninguém beijou
E sinto o teu coração pulsar
Cada vez mais rápido, cada vez mais intenso
E um cheiro a incenso perfuma-nos o olfacto
Juntos somos uma unidade
E nunca estaremos sós
Pois nunca te irei deixar partir…

publicado por Wonder Shadow às 02:29

Abril 08 2009

"Na incerteza de obter resultados alegres, tento aprender o sentido desta vida que depende de mim para ser o que ela é de verdade."

 

Escrevo para quem ler, sem ter alguém especifico como alvo. Pressiono letra a letra até formar palavras...mas não olho para o que deixei escrito, antes para o que vou escrever. Vivo a olhar para a frente, com a curiosidade de alguém que vai saborear o seu primeiro doce e deliciar-se com o prazeroso gosto do mesmo. Será este o sentido da vida pelo qual me devo reger?

 

O que surge de novo tanto pode ser bom como mau. Mas o ser novidade acrescenta algo mais à vida do que bons e maus momentos. Acrescenta experiência, acrescenta vivência, acrescenta recordações...A vida deverá ser vivida a evitar o que é mau e a seguir o que é bom? O que separa o bom do mau? As suas consequências?

 

Cada Ser Humano é único, e cada um tem a sua personalidade própria. O que faz diferenciar tanto essas personalidades? O que provoca a timidez? E a extroversão? E como se combate o exagero em ambas?

 

Prossigo por entre os pensamentos...e estico a mão...de forma a chegar ao cerne do sentido da vida...

 

A vida tem sentido? E depende de cada pessoa individualmente? Se sim então o sentido difere de Ser para Ser...pois se as personalidades são diferentes, também os meios utilizados para atingir os "objectivos" o são.

 

Vivo...sem pensar nisso...vivo...dia a dia, momento a momento...comigo, contigo, convosco...É esse o meu sentido...!

 

publicado por Wonder Shadow às 14:53

Abril 06 2009

Aproveitando o tema do post anterior:

 

 

Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou

Eu vi
Mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro pra sentir
E dar sentido à viagem
Pra sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz

Eu vi
Mas não agarrei

 

publicado por Wonder Shadow às 18:18

Abril 06 2009

 

Após a consulta diária a blogs amigos, conhecidos e parcialmente vistos, venho por este meio falar sobre nada em concreto. Para já apetece-me escrever mas sem um assunto em especial. Lembro-me do que já postei anteriormente, e lembro-me nesta altura de um post sobre “nada”. Mas esse era um “nada” que tinha algo de concreto, uma mensagem subliminar, um estado de espírito. Agora é um “nada” nada. Sugeriram-me escrever sobre “amor”, mas o que é o “amor”? E será que é um sentimento digno de ser desejado? Será um sentimento que trará felicidade no seu todo ou pelo menos na sua maioria?
 Lembro-me de citações de autores diversos, nomeadamente:
 
- “Se julgarmos o amor pela maior parte dos seus efeitos, ele assemelha-se mais ao ódio do que à amizade” (La Rochefoucauld);
- “Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa” (Fernando Pessoa);
- "... o amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura ..." (Ornatos Violeta e VÍtor Espadinha – Ouvi Dizer).
 
 
Não enceno aqui o papel de sofredor de amor, embora já o tenha sido e provavelmente o voltarei a ser, mas tento ver o motivo disso. Será que aprendemos com desgostos passados? Provavelmente não. Na altura achamos que uma determinada situação não se iria repetir mas vivendo-a com outra pessoa é provável que aconteça.
 
Esta busca incessante pelo “algo” que nos preenche o “vazio” terá um fim? E se tiver quais os motivos? A desistência ou o alcançar? O aceitar ou a esperança?
 
Subo diariamente um andar do edifício da Vida, e em cada andar vejo, sinto e penso nos habitantes que lá habitam. Será que num deles, junto ao átrio, se encontra esse alguém que me fará companhia na ténue e íngreme subida que resta?
 
Neste momento desisti, por assim dizer, de encontrar outra companhia que não a dos que me acompanham já desde alguns degraus. Percorro-os um por um e olho para a paisagem de cada um, para a sua arquitectura, para as suas cores, para as suas formas e reacções. Incessantemente subo um por um, dia e noite. Quem de novo irei encontrar no andar superior é uma incógnita mas já decidi não ir à procura do Sol porque o mais provável é sair encharcado…
 
No entanto, tão provável é encontrar alguém quando não procuro como começar em nada e acabar em amor…
publicado por Wonder Shadow às 16:16

Abril 03 2009

 

BOM DIA!!! :)

 

publicado por Wonder Shadow às 11:08

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